Rinite, sinusite e bronquite têm as mesmas causas?

Médicos explicam quais são os sintomas, causas e tratamentos de cada doença respiratória, além das possíveis conexões entre elas.
Rinite, sinusite e bronquite têm as mesmas causas?
Rinite, sinusite e bronquite têm as mesmas causas?

Quase metade dos brasileiros sofre com algum sintoma de doenças respiratórias – de acordo com uma pesquisa do Ibope, 44% da população do nosso país enfrentam algum tipo de problema relacionado ao sistema respiratório.

Tanto a rinite quanto a sinusite e a bronquite são doenças que afetam a respiração, mas o que está por trás de cada uma delas? Quem responde a essa pergunta é a médica pneumologista Cintia Urel.

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Rinite e bronquite: causas e tratamentos

A rinite alérgica afeta entre 30% e 40% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Alergia. Essa doença inflamatória acomete as mucosas nasais e acontece por causa de uma resposta imunológica desproporcional à necessidade. As crises são disparadas quando substâncias estranhas são reconhecidas pelo organismo, que luta para que elas não cheguem aos pulmões.

Cintia aponta que é preciso haver uma predisposição genética para o aparecimento da rinite, da bronquite – inflamação dos brônquios pulmonares que causa tosse, chiado no peito e excesso de muco – e da asma, outra doença crônica que causa inflamação das vias respiratórias, impossibilitando a respiração normal durante as crises.

Ela elucida que os principais gatilhos de processos alérgicos ligados à rinite e bronquite são o contato com agentes aeroalérgenos, como poeira, ácaros, pelos de animais, pólen, bolor e umidade; e com agentes irritantes, como fumaça, cheiros fortes, mudanças climáticas buscas, clima muito seco ou frio.

“As doenças alérgicas impactam diretamente a qualidade de vida, porque os sintomas incluem alteração na qualidade do sono, visitas frequentes ao pronto-socorro, possíveis internações por desconforto respiratório e dificuldade para executar atividades físicas, por exemplo. Quando essas doenças afetam crianças, todos esses sintomas e situações podem prejudicar até o desempenho escolar”, alerta a especialista.

Para controlar a rinite, a pneumologista apresenta algumas opções, como:

  • Acompanhamento médico com indicação de medicamentos adequados;
  • Imunoterapia por meio de aplicações de vacinas que contêm o agente causador da alergia em doses crescentes por um determinado período de tempo;
  • Higiene ambiental com o uso de capas antiácaros em estofados, troca recorrente de travesseiros, ausência de tapetes e cortinas nos ambientes, limpeza frequente em sofás e colchões e o mínimo de objetos expostos que possam acumular poeira.

Sinusite: causas e tratamentos

“A sinusite é uma inflamação da mucosa que reveste os seios paranasais – ou seios da face, que são cavidades ligadas ao nariz. Em um quadro viral, como gripe ou resfriado, essa região fica inflamada. A maior parte das sinusites é causada por vírus, mas a sinusite bacteriana pode aparecer se a secreção causada pelos agentes virais se acumular na região e gerar uma infecção secundária pelo surgimento de bactérias – nesses casos, é necessário usar antibióticos”, afirma Cintia.

Para controlar a sinusite, as recomendações da médica são:

  • Lavagem nasal;
  • Controle das doenças alérgicas, como a rinite;
  • Em casos de sinusites recorrentes, fazer acompanhamento com otorrinolaringologista.

Rinite pode causar sinusite?

Uma dúvida muito frequente é se a rinite poderia causar sinusite. A resposta é sim, “porque uma rinite mais exacerbada costuma favorecer o acúmulo de secreções que resultam em sinusite. Além disso, alterações anatômicas que algumas pessoas têm no nariz ou rosto – como desvio de septo, por exemplo – podem ser as causadoras de alguns quadros de sinusite”, responde Cintia. 

Alimentação para tratar a Rinite naturalmente

Para o Dayan Siebra, é possível aliviar e até curar a rinite por meio da alimentação. Com o objetivo de prevenir as crises, ele recomenda o consumo diário de:

  • Urtiga: o chá dessa planta bloqueia o efeito da estamina, que é a substância responsável por causar alergias;
  • Chá verde: reduz e alivia a reação e os sintomas de alergia. Sugere beber até três xícaras por dia ou consumir em cápsulas e comprimidos;
  • Cúrcuma: reduz sintomas de crise alérgica, porque possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Pode usar como tempero nas sopas, cremes e refogados ou consumir em jejum (água com cúrcuma);
  • Gengibre: tem ação adstringente que retira toxinas do corpo e é um potente expectorante e anti-inflamatório. Pode ser consumido de diversas formas;
  • Ômega 3: forte anti-inflamatório que pode ser encontrado principalmente em peixes e ovos ou em forma de suplemento alimentar;
  • Alcaçuz: raiz natural muito usada na medicina oriental com propriedades anti-inflamatórias e expectorantes. Pode-se consumir pastilha ou chá de alcaçuz, mas recomenda-se consultar o médico antes, porque a ingestão dessa raiz não é recomendada para todas as pessoas.

“A rinite atrapalha muito a vida por causa das tosses, espirros e coceira no nariz e na garganta, que os pacientes precisam enfrentar, às vezes, diariamente. Em muitos casos, é preciso tratar a doença com corticoides, mas, se for possível, tente melhorar os sintomas e a frequência das crises com base na alimentação. Esses alimentos não interrompem as crises – eles devem ser inseridos na alimentação diária para prevenir novas crises de rinite”, finaliza Dayan.

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