Doenças crônicas: tudo o que você deve saber

As doenças crônicas acompanham a pessoa, em geral, por grande parte da sua vida. O controle é possível com o tratamento adequado e a prática de hábitos saudáveis.
Doenças crônicas: tudo o que você deve saber saúderia
Doenças crônicas: tudo o que você deve saber saúderia

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019), no Brasil, 52% das pessoas de 18 anos ou mais informaram que receberam diagnóstico de pelo menos uma doença crônica em 2019. As doenças crônicas não transmissíveis, ou seja, aquelas que não passam de uma pessoa para outra, são o problema de saúde de maior relevância da atualidade.

Essas doenças são responsáveis por um elevado número de mortes entre as pessoas de 30 e 69 anos, pioram a qualidade de vida dos afetados e trazem até mesmo prejuízos econômicos para a sociedade onde vivemos.

A pesquisa ConVid – Pesquisa de Comportamentos realizada durante a pandemia da Covid-19 por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual de Campinas, avaliou as mudanças que ocorrem no estilo de vida dos adultos e confirmou que as principais doenças crônicas entre os brasileiros são: diabetes, hipertensão, doenças respiratórias, doenças do coração e câncer.

O que essas doenças têm em comum?

De acordo com a PNS 2019, as doenças crônicas começam lentamente, duram longos anos e, em alguns momentos, se tornam mais agudas, piorando, para, em seguida, ter alguma melhora. Mas elas estão sempre presentes, por isso são chamadas de crônicas.

Em geral, possuem diversas causas, e o tratamento envolve mudanças no estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo e permanente.

Entre os principais fatores de risco para as doenças crônicas estão o tabagismo, a prática de atividade física insuficiente, alimentação errada, obesidade e consumo de álcool, por exemplo.

Por que as doenças crônicas estão mais presentes hoje em dia?

Uma dúvida comum a muitas pessoas é o fato de as doenças crônicas não terem sido corriqueiras no passado, sendo próprias da sociedade moderna. A explicação é simples: estamos vivendo mais. Melhoria nas condições sanitárias, como saneamento básico e água tratada, mais conhecimento sobre as doenças, medicamentos mais modernos e vacinas cada vez mais potentes prolongaram a expectativa de vida do brasileiro.

Antigamente, morria-se por infecções de todo o tipo. Com a evolução, os cientistas descobriram os microrganismos responsáveis pelas doenças infecciosas e desenvolveram tratamentos eficazes contra elas. Um exemplo é o que vem ocorrendo com o novo coronavírus. Em dois anos, os pesquisadores entenderam o vírus e desenvolveram uma vacina contra ele.

A ciência eliminou muitas doenças, mas viver mais também traz outros desafios. Envelhecer é bom, mas a velhice vem acompanhada de uma série de problemas que não existiam quando se morria mais jovem. Por isso, agora mais do que nunca, é preciso cuidar da saúde com alimentação saudável, exercícios físicos e outros hábitos indispensáveis a quem quer viver mais, porém melhor.

Doenças crônicas mais comuns na população

A seguir, listamos a doenças crônicas mais recorrentes:

  • Diabetes

De acordo com aPNS 2019, a diabetes é um transtorno metabólico causado por hiperglicemia, isto é, elevação dos níveis de glicose no sangue devido a um distúrbio no metabolismo de açúcares. As recomendações mais frequentes feitas por médicos para essa doença é manter uma alimentação saudável; evitar o consumo de açúcar, bebidas açucaradas e doces; e manter o peso adequado. As complicações mais frequentes apresentadas são problemas na visão, nos rins e infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC).

  • Hipertensão arterial

Mais conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial é um importante fator de risco para o surgimento de doenças do coração. Em geral, a pessoa está com pressão alta quando a pressão arterial sistólica for maior ou igual a 140 mmHg e a pressão arterial diastólica for maior ou igual 90 mmHg. É aquele famoso “14×9” que você sempre ouve falar. Mas, as pessoas são diferentes, por isso é preciso avaliação de um profissional de saúde para dizer se a pressão está alta ou normal. O tratamento consiste em ingerir menos sal, manter uma alimentação saudável, fazer um acompanhamento regular da pressão e manter o peso adequado, além de ser recomendado não fumar e não beber em excesso.

  • Doenças respiratórias

Entre elas estão a bronquite, o enfisema pulmonar e a asma. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a asma ocupa o primeiro lugar na prevalência de doenças respiratórias crônicas. Trata-se de uma inflamação crônica das vias aéreas, com sintomas respiratórios de chiados e/ou apertos no peito, falta de ar e tosse que variam ao longo do tempo e em intensidade. Não há cura para a maioria das doenças respiratórias, mas os sintomas podem ser controlados, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente.

  • Doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes no Brasil, segundo informações da PNS 2019. Elas correspondem a vários tipos de doenças associadas ao coração e aos vasos sanguíneos, como doença coronária, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca.

Dessas, a doença cardíaca coronária é a mais comum e pode causar o ataque cardíaco, também conhecido como infarto do miocárdio, que ocorre quando uma artéria fica completamente bloqueada, impedindo a passagem do sangue.

Entre os fatores de risco para as doenças cardiovasculares estão o tabagismo, o consumo abusivo de álcool, a inatividade física e o consumo de alimentos com alto teor de gordura e densidade energética – produtos altamente calóricos.

  • Câncer

Câncer ou neoplasia é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado – maligno – de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo se espalhar para outras regiões do corpo, processo conhecido tecnicamente por metástase. Os sintomas variam muito de acordo com o tipo e a localização do tumor, e o tratamento é igualmente diversificado, podendo incluir quimioterapia, radioterapia, cirurgia e outros.

Por se tratar de uma doença de causa variada, vários fatores podem potencializar o surgimento do câncer, entre eles, tabagismo e hábitos alimentares ruins; doenças infecciosas, como as hepatites B e C e o vírus HPV (Papilomavírus Humano); fatores ambientais, como exposição aos raios ultravioletas; fatores genéticos, como histórico de câncer na família; e o próprio processo de envelhecimento das células do corpo.

De que forma a farmácia pode ajudar?

Segundo Raphael Araújo, farmacêutico responsável pela Saúderia, na farmácia, a população conta com o farmacêutico, profissional capacitado e apto para orientar sobre os cuidados necessários que uma pessoa precisa ter para tratar de uma doença crônica ou até mesmo evitar o seu surgimento a partir da educação em saúde.

Importante destacar que um farmacêutico não faz diagnóstico de doenças, somente o profissional médico. No entanto, a população pode contar com vários serviços clínicos na farmácia, como prescrição farmacêutica, exames rápidos e avaliações de saúde.

No controle da diabetes, por exemplo, a farmácia oferece serviços como aferição de glicemia capilar e hemoglobina glicada. Em relação à hipertensão, as pessoas podem medir a pressão arterial no consultório farmacêutico. E quanto às doenças cardiovasculares, a avaliação antropométrica – medida das dimensões físicas de uma pessoa – ajuda muito a controlar o peso e manter o corpo saudável.

Agora, você já sabe que, mesmo tendo alguma dessas doenças crônicas, é possível manter o controle sobre elas por meio do acompanhamento de um profissional farmacêutico e levar uma vida bem mais tranquila.

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