Entenda por que menopausa aumenta o risco de infarto e derrame cerebral

Especialistas explicam como as mudanças que ocorrem no corpo após a menopausa influenciam as chances de enfrentar doenças cardiovasculares.
Especialistas explicam como as mudanças que ocorrem no corpo após a menopausa influenciam as chances de enfrentar doenças cardiovasculares.
Especialistas explicam como as mudanças que ocorrem no corpo após a menopausa influenciam as chances de enfrentar doenças cardiovasculares.

Você sabia que ocorrem cerca de 300 a 400 mil casos de infarto por ano no Brasil? Segundo o Ministério da Saúde, 5 a 7 casos acabam em óbito. Já quando falamos em derrame cerebral, de acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, os acidentes vasculares cerebrais são responsáveis por cerca de 11% das mortes em todo o mundo. Mas por que o risco de sofrer esses males aumenta quando as mulheres entram na menopausa?

Conforme explica a Dra. Caroline Carvalho Lazarini, o aumento do risco de sofrer infarto ou AVC após a menopausa ocorre por causa de uma soma de fatores. A queda nos níveis de estrogênio causa alterações metabólicas nas células de gordura do corpo – os lipídeos, o que gera acúmulo de gordura abdominal-central e aumento do colesterol total, LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos. Tudo isso favorece a formação de “placas de gordura”, também chamadas de placas ateroscleróticas.

“Como o estrogênio tem ação vasodilatadora, quando o nível do hormônio é reduzido, há uma tendência à vasoconstrição, ou seja, o tamanho dos vasos sanguíneos diminui e o fluxo fica prejudicado, aumentando a pressão. Portanto, quando somamos todos os fatores envolvidos no processo da menopausa, fica claro que as chances de ter um infarto ou um acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame, aumentam consideravelmente”, explica a médica.

Com o processo da menopausa, podem ocorrer efeitos sobre a hemostasia, o que causa aumento dos elementos envolvidos no mecanismo de coagulação VII (pró-coagulante), fibrinogênio e PAI-1 (ativador do inibidor do plasminogênio). Tudo muito técnico, mas você saber que essas condições podem gerar hipercoagulabilidade, elevando o risco de tromboembolismo, AVC e infarto.

Leiam também: Magnésio: poderoso aliado na prevenção de infarto e AVC

Fatores que aumentam o risco de doença cardiovascular

A Dra. Katia Haranaka destaca que o estilo de vida é muito importante na prevenção de infarto e AVC após a menopausa. “O consumo de bebida alcoólica, mesmo que de forma esporádica e recreativa aos finais de semana, tem um grande poder de comprimir os vasos, porque o álcool danifica as suas camadas internas. Além disso, consumir alimentos industrializados, ter uma vida muito estressante, infecções bacterianas recorrentes – como cáries e gengivite, por exemplo – e doenças hormonais não tratadas contribuem para uma chance ainda maior de sofrer um infarto ou AVC após a menopausa”, pontua.

Os principais fatores para aumento de risco são:

  • Sedentarismo;
  • Alcoolismo;
  • Estresse crônico;
  • Tabagismo;
  • Má alimentação;
  • Obesidade;
  • Hipertensão Arterial sistêmica.

Recomendações para evitar infarto e AVC na menopausa

Dra. Caroline pontua que, de acordo com o Ministério da Saúde, todas as mulheres devem redobrar a atenção com seus hábitos alimentares, cuidar do estilo de vida após a menopausa, incluindo dieta saudável, controle do peso corporal e prática regular de atividade física, e descartar causas secundárias de dislipidemia, como o hipotireoidismo, por exemplo.

No caso das fumantes, é recomendado que abandonem o vício do tabagismo o quanto antes. Por fim, observe também alterações da pele, pois a deficiência de estrogênio reduz a quantidade de colágeno, deixando-a fina, flácida, com rugas e sem elasticidade.

COMPARTILHE VOCÊ TAMBÉM:
Pesquisar
Últimos artigos
Categorias

Receba nossos conteúdos de graça, direto em seu e-mail

Este site utiliza cookies para garantir seu funcionamento correto e proporcionar a melhor experiência na sua navegação.