Cisto no ovário: sintomas e soluções

O cisto ovariano é o acúmulo de líquido dentro do ovário, podendo provocar dor na região pélvica, atraso na menstruação ou dificuldade para engravidar.
Cisto no ovário: sintomas e soluções saúderia
Cisto no ovário: sintomas e soluções saúderia

Se você faz parte da estatística, fique tranquila, porque o cisto no ovário é um problema de saúde muito mais comum do que se imagina, afetando mulheres na faixa etária dos 15 aos 35 anos, período de maior fertilidade. A maioria dos cistos são originados no processo de ovulação, e a boa notícia é que costumam regredir naturalmente.

Quer saber como se forma um cisto? Dentro do ovário, existem vários folículos ovarianos, onde os óvulos se desenvolvem. A cada ciclo ovulatório, um desses folículos cresce, se rompe e libera o óvulo. No entanto, pode acontecer de o folículo crescer, mas não se romper.

A partir daí, ele transforma-se em um cisto funcional devido à ausência de ovulação. Esse tipo de cisto não causa nenhum tipo de dano à mulher, desaparecendo por conta própria sem necessidade de tratamento. Porém, em alguns casos, o cisto cresce e acaba se rompendo.

A consequência habitual desse rompimento é o extravasamento do líquido contido em seu interior, o que pode causar dor leve. Nesse caso, é necessário buscar ajuda médica para evitar complicações, como sangramento.

Sintomas do cisto ovariano

Em geral, os cistos ovarianos são assintomáticos, por isso, a maioria das mulheres desconhece que tem até que um exame ginecológico de rotina ou de imagem, como o ultrassom, sinalize o problema. De acordo com a terapeuta naturalista Angela Xavier, os sintomas costumam aparecer quando o cisto está maior que 3 cm. Antes disso, provavelmente a pessoa não sentirá nada.

Os sintomas mais comuns são dor pélvica forte, dor abdominal, náuseas, vômito, dor durante a relação sexual, cólica menstrual, dificuldade para urinar e evacuar, febre e sangramento uterino anormal, segundo a ginecologista e obstetra Rogéria Werneck.

Além desses sinais, Angela Xavier cita dores durante a ovulação, atraso na menstruação, aumento da sensibilidade nas mamas, sangramento vaginal fora do período menstrual, aumento de peso e dificuldades para engravidar. Importante destacar que o cisto não causa infertilidade na mulher.

Como muitos desses sintomas também estão presentes na tensão pré-menstrual (TPM), para confirmar o diagnóstico, o ginecologista deve realizar exames físicos e de imagem com o objetivo de identificar a presença do cisto, bem como características e tipo.

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Como o problema é diagnosticado

O diagnóstico pode ser feito por meio de exame físico, acompanhado de exame de sangue e confirmado com exame de imagem. Para determinar o tamanho e o tipo do cisto, o médico pode recorrer ao teste de gravidez, cujo resultado positivo indica ser um corpo-lúteo, ou seja, uma glândula endócrina temporária que se forma após a ovulação e tem importante função como fonte dos hormônios reprodutivos estrogênio e progesterona.

O ultrassom pélvico é o exame de imagem que possibilita definir o tamanho do cisto e sua composição, se é sólido, fluido ou misto. E, por fim, a laparoscopia serve para examinar com mais atenção a região dos ovários para localizar o cisto.

Cisto no ovário não é câncer

O cisto de ovário é benigno em cerca de 80% dos casos. Estudos indicam que o câncer de ovário é mais comum em mulheres com mais de 50 anos, sendo muito raro abaixo dos 30. As principais características de um cisto maligno são tamanho acima de 5cm, septo espesso e área sólida.

Em caso de suspeita de câncer, o médico solicita exame de sangue para investigar a existência do CA 125, um marcador tumoral. Seu valor elevado pode indicar lesão cancerígena, mas também pode ser endometrioma, um cisto preenchido por sangue. Por isso, a orientação é procurar um especialista, neste caso, o médico ginecologista.

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Casos mais graves da doença

Segundo a ginecologista, não há prevenção para cisto no ovário. O mais importante é tentar identificar se a massa tem características de uma lesão benigna ou maligna e, claro, se necessita de tratamento urgente, que deve ser feito em casos de:

  • Ruptura do cisto;
  • Gravidez ectópica rota – quando há rompimento do saco gestacional;
  • Torção do ovário – giro do ovário e, às vezes, das tubas uterinas, interrompendo o suprimento sanguíneo para esses órgãos. Caso a paciente evolua com dor pélvica aguda intensa e haja sinais de isquemia do ovário, ela deverá ser operada com urgência.

De acordo com Rogéria,o tratamento de cisto no ovário dependerá da condição clínica da paciente e das características da imagem. Pode ser necessário apenas acompanhamento da lesão ou evoluir para tratamento cirúrgico. Segundo ela, em alguns casos, o uso de contraceptivo hormonal pode auxiliar na involução do cisto.

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