Cuidados na hora de fazer o autoteste de Covid-19 em casa

Aprenda, neste artigo, a como fazer corretamente o autoteste de Covid-19 em casa. Mesmo sendo fácil, é preciso adotar alguns cuidados.
Cuidados na hora de fazer o autoteste de Covid-19 em casa
Cuidados na hora de fazer o autoteste de Covid-19 em casa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a venda do autoteste em todas as farmácias do País, sem fins de diagnóstico, mas apenas como mais uma medida para controlar a disseminação do vírus e facilitar o autocuidado entre as pessoas.

A autotestagem é um procedimento usual na medicina, como os testes de gravidez ou a medição de glicose no sangue para pacientes com diabetes. No caso do coronavírus, o autoteste é utilizado como estratégia de saúde pública. O objetivo é desafogar hospitais e farmácias, ajudando a identificar mais rapidamente indivíduos infectados.

De acordo com o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Rodrigo Molina, a vantagem do autoteste é poder fazê-lo em casa, sem precisar se deslocar até uma unidade de saúde. No entanto, é preciso utilizar o autoteste corretamente, já que existe o momento ideal de testagem e a forma correta de realizá-la.

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Autoteste, teste de RT-PCR e teste de antígeno

Antes da chegada do autoteste, as opções disponíveis eram os testes de RT-PCR, de maior confiabilidade, e o de antígeno – também conhecido como teste rápido –, menos sensível. Ao contrário do autoteste, os dois testes citados são feitos por um profissional de saúde. Na farmácia, você deve procurar pelo farmacêutico.

Já o autoteste de Covid-19 é feito pelo próprio paciente e se assemelha ao teste de antígeno, uma vez que detecta partículas virais. Ele é considerado menos sensível, porque além de ser necessário executar o passo a passo sem falhas, o indivíduo precisa realizá-lo no período correto.

Como fazer o autoteste de Covid-19 em casa

No autoteste, o próprio indivíduo faz a coleta do material em casa, utilizando o kit vendido na farmácia. O paciente deve seguir todas as etapas do folheto explicativo e aguardar o resultado, que vai indicar se é positivo, negativo ou inválido.

O autoteste oferece duas possibilidades: na primeira, o paciente realiza a coleta na boca, pela saliva; na segunda, pela secreção do nariz, com um cotonete. No caso da coleta nasal, não é preciso levar o cotonete até a nasofaringe – região entre o nariz e a garganta – como é feito nas unidades de saúde. Segundo o médico infectologista, o autoteste é menos invasivo por esse motivo, mas sua sensibilidade, por outro lado, é reduzida.

Porém, isso não significa que a coleta de saliva seja mais eficaz. Afinal, ambos são bem parecidos: tanto a saliva quanto o muco nasal são misturados a um reagente, que vem em um recipiente do kit. É preciso agitar o frasco para gotejar a mistura em uma palheta. O resultado costuma estar disponível em 30 minutos, sinalizando resultado positivo ou negativo para a presença do vírus.

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Quando você deve utilizar o autoteste

De acordo com Molina, o autoteste é ideal para pessoas com sintomas leves ou para aquelas que tiveram contato com alguém com diagnóstico positivo e querem saber se estão ou não contaminadas. “Nesse caso, farão o autoteste a partir do 5º dia de contato”, recomenda o médico.

Mas, atenção: a orientação é que o autoteste não seja feito por indivíduos com sintomas como falta de ar e baixa saturação. Nesse caso, a indicação é procurar imediatamente o sistema de saúde.

A Anvisa também divulgou algumas instruções sobre quando usar o teste:

  • Indivíduos sintomáticos devem fazer o autoteste a partir do 1º ao 7º dia do início dos sintomas;
  • Indivíduos assintomáticos devem realizar o autoteste a partir do 5º dia do contato com algum indivíduo infectado;
  • Se houver sintomas graves, como falta de ar, febre alta, letargia, confusão mental e sinais de desidratação, a recomendação é não fazer o autoteste e procurar atendimento médico.

Resultado positivo: e agora?

O autoteste pode oferecer resultado falso-negativo ou falso-positivo se não for manipulado adequadamente conforme as instruções. Porém, seguindo todas as etapas, ele pode oferecer uma confiabilidade de 85% a 87%. “As limitações do teste estão nos casos em que as pessoas não tenham condição de realizá-lo ou desrespeitem as instruções. Por isso, é preciso ler todo o manual para depois fazer o teste. Na dúvida quanto ao resultado, procure um serviço de saúde”, alerta o infectologista.

Se o resultado for positivo, procure o serviço de saúde mais próximo para confirmação e notificação do caso, independentemente dos sintomas. Se o indivíduo testou negativo e não há sintomas, mas teve contato com alguém contaminado, a indicação é repetir o teste depois um ou dois dias e, por precaução, isolar-se durante cinco dias.

Para aqueles que testaram negativo, mas estão com sintomas, também é indicado repetir o autoteste depois um ou dois dias. No entanto, nesse caso, é preciso ficar atento aos sintomas. Se começarem a se agravar, a orientação é buscar um médico para confirmar o diagnóstico e receber as orientações adequadas.

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