Conhecidas por causarem muitos óbitos todos os anos, as doenças cerebrovasculares são a principal causa de mortes no Brasil, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde. Infelizmente, os dados revelados pela instituição apontam que o número de pessoas que faleceram por conta dessas doenças vem aumentando, ou seja, a quantidade de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral) está crescendo.
Conforme elucida a dra. Katia Haranaka, em 90% dos casos, as doenças cardiovasculares são silenciosas e assintomáticas. Normalmente, elas são sistêmicas e tem a ver com inflamações crônicas no corpo.
“O sobrepeso é um grande fator de risco, porque a obesidade causa uma inflamação constante no organismo, elevando as chances de acidentes vasculares. Alguns dos exames que nos ajudam a identificar o risco são a proteína C reativa ultrassensível (PCR), que deve estar abaixo de 0,5“, explica a médica.
Apesar dos altos índices de fatalidade dessas doenças, de acordo com a dra. Katia, a suplementação com magnésio reduz as chances de ocorrer um infarto ou AVC. “As câimbras são um sinal de alerta que o corpo dá para o risco de parada cardíaca, pois acontecem quando há cálcio em excesso nas células. Contudo, se houver magnésio suficiente no organismo, esse excesso de cálcio será controlado, o que diminui as câimbras e o risco de desenvolver problemas cardiovasculares”, explica.
Suplementação de magnésio
A dra. Katia orienta suplementar, no mínimo, 200 mg de magnésio quelado. Para pessoas que têm sintomas como câimbras, dores musculares ou transpiram demais ao fazer exercícios físicos, a dose recomendada é de 600 mg.
“Dentro do corpo, apenas 24% do magnésio fica concentrado nos músculos, e o músculo que mais utiliza esse mineral é o coração. Por isso, suplementar é essencial para manter a saúde cardíaca”.
Ingestão pela alimentação
A nutricionista Denise Pompermayer explica que o magnésio possui funções no controle do metabolismo celular para produção de energia, além de participar da construção proteica de novos tecidos, relaxamento muscular e fazer parte da formação de ossos e dentes.
“Esse mineral é importante para produção de serotonina, o hormônio responsável pela sensação de bem-estar. Quando está em concentração baixa, pode fazer com que a pessoa tenha dificuldades para dormir, ansiedade e depressão”, complementa.
De acordo com ela, existem muitos alimentos ricos em magnésio. Alguns deles são:
- Sementes;
- Leguminosas;
- Cereais integrais;
- Abacate;
- Banana;
- Castanha-de-caju;
- Espinafre;
- Salmão;
- Aveia;
- Amendoim;
- Chocolate amargo;
- Acelga.
Por fim, Denise faz um alerta importante: “Alguns alimentos podem “atrapalhar” a absorção e diminuir a biodisponibilidade do magnésio, como os fitatos, oxalatos, fibras e álcool. Uma combinação errônea é ingerir uma fonte de magnésio com refrigerante, por exemplo”, finaliza a nutricionista.